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Chuvas no RS: pelo menos 39 mortos e 68 desaparecidos – UOL Confere

 Chuvas no RS: pelo menos 39 mortos e 68 desaparecidos – UOL Confere
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Os temporais no Rio Grande do Sul causaram estragos em cerca de um a cada três municípios gaúchos, fizeram um rio atingir a maior cheia de sua história.
Temporais deixaram pelo menos 41 mortos no RS. Há 39 mortos e 68 desaparecidos confirmados no último boletim da Defesa Civil do RS, divulgado às 18h desta sexta-feira (3). Às 20h, mais duas mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros de Gramado. No total, a cidade tem seis óbitos
Ao todo, 235 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas fortes chuvas que se estenderam desde o início da semana. Há 23 mil pessoas desalojadas, 7.949 em abrigos e 74 feridos, de acordo com o último balanço da Defesa Civil. No ano passado, mais de 80 pessoas morreram no estado, vítimas de três enchentes e eventos menores.
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Estado de calamidade pública. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º), com prazo de 180 dias. As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, “caracterizados por danos e prejuízos elevados”. Todo o estado foi colocado sob alerta de inundação ou inundação severa.
Com a queda de barreiras e destruição de estradas, há comunidades isoladas e incomunicáveis. Familiares de moradores das cidades de Relvado, Encantado e Caxias do Sul, por exemplo, relatam que estão há dias sem conseguir contato com eles. Há municípios inteiros sem água ou luz.
O governador afirmou que o total de mortes ainda deve subir. “Infelizmente, sabemos que esses números vão aumentar”, afirmou.
Aulas de escolas estaduais e da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) estão suspensas. As atividades acadêmicas da UFSM não funcionarão do dia 6 a 10 de maio. ”A decisão foi tomada em função das fortes chuvas no nosso Estado, que ocasionaram estragos diversos. Inclusive, houve o rompimento da fibra ótica externa que garante o funcionamento do sistema de internet e portais da UFSM”, informou a gestão da Universidade.
Uma das regiões mais atingidas é a do Vale do Taquari. O rio Taquari atingiu o maior nível da história ao ultrapassar a marca de 31 metros na madrugada desta quinta (2). O recorde anterior era de 29,9 metros, registrado em 1941. O rio chegou a 31,8 metros às 6 horas da manhã.
O nível também ultrapassa o das enchentes de setembro de 2023, que chegou a 29,5 metros. Moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado receberam ordens das autoridades para deixar áreas de risco. A Defesa Civil afirmou que trabalha na retirada de famílias.
Ministério da Defesa anunciou hospital de campanha do Exército em Lajeado. O local terá 40 leitos de enfermaria e dois consultórios. O transporte de toda a estrutura é feito por um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Também em Lajeado, a equipe de um hospital montou uma barricada para conter a água da enchente. Funcionários da unidade de saúde Bruno Born colocaram sacos de areia nas portas, e a direção informou que planeja o remanejamento de atividades para andares superiores.
Muitas das cidades que estão debaixo d’água agora mal tiveram tempo de se recuperar dos estragos ocorridos no ano passado. Muçum, por exemplo, sofre a terceira enchente seguida —além do desastre de setembro, houve outro em novembro.
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O governador chegou a gravar um vídeo pedindo que moradores do Vale do Taquari deixem suas casas. A região abrange 40 municípios.
Nesta quinta (2), a barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, rompeu parcialmente. A Defesa Civil alertou sobre o “processo de colapso” por volta das 15h50.
Com o rompimento, uma onda de dois metros de altura atingiu a região de Bento Gonçalves. Segundo o prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB), as equipes tiveram pouco tempo para evacuar. A onda passou pela comunidade rural de Linha Alcântara, disse, onde há famílias isoladas, e seguiu em direção aos municípios de São Valentim do Sul e Santa Tereza.
Moradores foram orientados a deixar a região e subir para locais ao menos seis metros acima do nível dos rios. A informação foi dada pelo vice-governador Gabriel Souza em vídeo publicado nas redes sociais. A ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada, foi rompida, e a expectativa é de que a vazão da água ocasione o rompimento total, disse.
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura diz que monitora as estruturas de outras 13 barragens que estão em estado de alerta. Cinco delas já em processo de evacuação: Santa Lúcia, em Putinga; São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; Belo Monte, em Eldorado do Sul; Dal Bó, em Caxias do Sul; e Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha.
A previsão é que o nível do rio Guaíba suba e atinja cinco metros na capital. O governador declarou que o Guaíba já atingiu 3,36 metros na noite desta quinta-feira. Em 1941, quando uma cheia histórica inundou parte do centro de Porto Alegre, o rio atingiu 4,76 metros.
Após 1941, o limite de três metros só havia sido ultrapassado em três ocasiões: em setembro de 1967 (3,11 metros), setembro de 2023 (3,18 metros) e novembro de 2023 (3,46 metros).
Especialistas e autoridades apontam que o nível do Guaíba está subindo rapidamente. A expectativa é que ele chegue a 4 metros na madrugada desta sexta. “Está subindo 8 cm por hora”, disse Leite. O Guaíba recebe as águas de diferentes bacias hidrográficas afetadas pelos temporais, como Taquari e Caí.
O lago Guaíba , na capital gaúcha, transbordou na tarde desta quinta. O nível da água foi a 3,09 metros —o limite de inundação é de 3 metros.
É orientação expressa que os moradores de áreas próximas ao Guaíba, nos municípios de Porto Alegre (zona sul), Guaíba e Eldorado do Sul, deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Rio Caí
Defesa Civil do Rio Grande do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o estado nesta quinta e prometeu recursos, após ser cobrado por Leite. O presidente, porém, não indicou quais ações concretas serão tomadas.
A gente não vai permitir que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos. O governo federal estará 100% em sintonia com o governo estadual. Num primeiro momento, a gente tem que cuidar das pessoas. No segundo, reparar os danos. Tudo que estiver ao alcance do governo federal, faremos. Eu sei que são muitas casas, muitas vidas, mas a gente vai tentar minimizar o prejuízo dessas pessoas.
Presidente Lula
Mais tarde, o governo federal decidiu instalar uma sala de situação para traçar ações emergenciais para atender as cidade afetadas. Uma comitiva voltará ao estado no início da próxima semana.
As chuvas nos últimos dias são consequência de uma raríssima combinação. A chegada de frente fria e umidade da Amazônia em um cenário de onda de calor no Sudeste criou um bloqueio atmosférico —e que impede os sistemas de se dissiparem.
Corredor de umidade. Segundo o Metsul, um corredor de umidade está “transportando grande quantidade de umidade da região amazônica pelo interior do continente até o território gaúcho”.
Esse “rio atmosférico” seguiu atuando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante grande parte desta primeira semana de maio.
Até domingo (5), são previstos ventos fortes com rajadas acima dos 60 km/h. Segundo o Inmet, haverá raios, granizo e chuvas que podem superar os 100 mm entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.
Na sexta-feira (3), o tempo segue chuvoso durante o dia e a noite em Porto Alegre, segundo o Climatempo. É previsto chuva o dia todo, com temperatura mínima de 17ºC e máxima de 20ºC.
As chuvas começam a cessar na capital gaúcha apenas no sábado (4), com pancadas previstas apenas pela manhã. Tanto o período da tarde quanto o da noite será de tempo firme, com temperaturas semelhantes às de sexta.
No domingo (5), a chuva volta a ganhar força durante o dia, com algumas nuvens passageiras. À noite, o tempo fica firme, sem chuva.
O tempo também ficará firme no começo da próxima semana. Com o fim das chuvas, as temperaturas devem sofrer forte alta no Rio Grande do Sul, disse o Metsul.
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